Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice, por causa da sua importância na ponderação dos produtos, o IqPR sobe um pouco mais e fecha março em 1,80%, já o IqPR-V (cálculo somente dos produtos vegetais) fecha negativo em 0,35%.
Os produtos do IqPR que registraram as maiores altas no mês de março foram: carne de frango (13,94%), ovos (13,44%), laranja para mesa (10,56%), soja (8,18%) e tomate para mesa (6,48%). Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no mês foram: batata (16,16%), café (13,72%), carne suína (8,81%), amendoim (6,76%) e algodão (5,85%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registra alta de 6,44%, nível sustentado pelos maiores preços da cana (+27,86%). Ausente este produto de alta ponderação, o índice (IqPR – sem cana) se direciona para um fechamento negativo de 9,47%. Isso fica claro quando, ao se avaliar o IqPR-V (vegetais), o acumulado tem alta de 8,71%. Sem a cana a variação fica negativa em 18,26%.
– Isso deixa nítido o sucesso da estratégia de proteção de margens típicas de economias de oligopólios praticadas pelos agentes econômicos da cadeia de produção de açúcar e álcool que, na entrada da safra em março de 2011 realinharam os preços da cana – afirmam os pesquisadores do IEA.
Para o IqPR-A (animais), nos últimos 12 meses, o índice fecha em queda de 1,99%.
Na variação de preços de março de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011, têm-se os maiores incrementos para: banana nanica (+78,97%), feijão (+78,33%), cana-de-açúcar (+27,86%), leite C (+22,55%), leite B (+14,99%), amendoim (+11,67%), arroz (+10,65%) e soja (+6,79%), todos em níveis mais elevados que a inflação medida pelo IPCA-IBGE.
Apresentaram reduções os preços: tomate para mesa (-60,01%), laranja para mesa (-57,56%), café (-21,60%), carne de frango (-11,44%), milho (-7,44%), carne bovina (-6,32%), trigo (-6,19%), carne suína (-5,06%) e ovos (-1,38%).