Segundo a Emater, a produção de arroz, feijão, milho e soja do Estado vai chegar a pouco mais de 16 milhões de toneladas, quase 40% a menos do que na colheita de 2011. Pelo último levantamento do órgão, a safra de soja vai cair pela metade e os prejuízos financeiros ultrapassam os R$ 5 bilhões. Há 4 meses, a Emater iniciou um mutirão com 570 técnicos para fazer as vistorias nas lavouras atingidas.
— O Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) funciona como um seguro para o financiamento de custeio que é administrado pelos agentes financeiros que estão cadastrados para isso no banco central. Então, nós começamos a fazer estas vistorias, e a trabalhar mais fortemente a partir de 15 de dezembro, quando os efeitos da seca já começaram a se mostrar bastante fortes e os agricultores passaram a comunicar perdas — explica o assistente técnico estadual em Crédito, Cezar Henrique Ferreira.
Cerca de 80% dos laudos feitos pelos técnicos foram encaminhados ao Banco do Brasil. De acordo com a instituição, os agricultores fizeram mais de 34 mil pedidos de seguro. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) destina a eles até 65% do valor estimado para a safra que foi perdida. Os valores não passam de R$ 3,5 mil por famílias.
— Felizmente, os nossos produtores, basicamente aqueles que tinham operações com o Banco do Brasil, tinham esta cobertura do seguro, do Proagro. Isso faz com que, se não é o ideal para ele, para ter a questão de renda, pelo menos não aumenta o seu endividamento junto à instituição financeira e a gente mantém esses clientes todos na normalidade — diz o superientendente estadual do Banco do Brasil, José Carlos Reis da Silva.