Apenas o BB, dono da maior carteira, vai oferecer R$ 300 milhões para o custeio, alta de 13% . Deste total, cerca de 90% devem ser destinados ao trigo e o restante divididos entre canola, aveia e cevada.
— Pela frustração da safra de verão, o produtor vai investir um pouco mais nas culturas de inverno — diz o superintendente estadual do BB, José Carlos Reis da Silva.
Com crescimento mais acelerado, o Banrisul projeta contratar R$ 90 milhões, avanço de 60% sobre o ciclo anterior. O Sicredi calcula chegar a R$ 250 milhões, ante R$ 231 milhões financiados ano passado. O gerente de desenvolvimento da central Sicredi Sul, Gerson Kunkel, explica que há procura de crédito por produtores que querem começar a plantar culturas de inverno, ampliar lavouras existentes e investir mais em tecnologia.
Estimativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado indica que em 2012 a área plantada no Rio Grande do Sul crescerá 15%, chegando a um milhão de hectares.
O presidente da comissão do trigo da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Hamilton Jardim, diz que os produtores estão ansiosos para conhecer a política para as culturas de inverno que o governo pretende apresentar. Para o dirigente, como o plantio do trigo no inicia em meados de maio, o ideal seria que o anúncio saísse até o final deste mês.
Uma das medidas aguardadas é o aumento do preço mínimo, hoje em R$ 477 a tonelada trigo pão, tipo 1. O setor espera pelo menos a recomposição dos 10% reduzidos há dois anos.