Produtores de feijão de São Paulo estão otimistas com safra das secas

Preço do produto está acima da média históricaProdutores de feijão do interior de São Paulo estão otimistas com a safra das secas, que começa a ser colhida nestes dias. A chuva escassa não comprometeu a lavoura. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área e a produção da safra das secas aumentaram, o contrário do que aconteceu na primeira safra, a das água, que por ter sido 20% menor do que a do ano passado, fez os preços subirem.

No total, o Brasil deve colher em 2012 3,68 milhões de toneladas de feijão, a maior parte do carioca, o mais consumido no país. O feijão preto, que é comum na região Sul, o Brasil não tem produção suficiente e importa pelo menos cem mil toneladas ao ano. O produto, que antes era fornecido principalmente pela Argentina, agora tem na China o principal fornecedor.

— Nós estamos importando mais da China de dois anos para cá porque os preços estão competitivos em relação não só ao Brasil, mas também à Argentina — explica a analista de mercado Sandra Hetzel.

Como o tempo afetou a produção na região Sul, os produtores do Sudeste esperam conseguir agora até R$ 250 pela saca de 60 quilos do feijão carioca, um preço considerado bom.

— Em 2004 (a saca) foi vendida a R$ 280. Depois, em 2009, eu vendi a R$ 40. No ano passado vendi a R$ 150 e esse ano está prometendo R$ 250 — afirma o produtor Paulo Siqueira.

— O preço bom de R$ 250, acima da média histórica de R$ 100, R$ 120, como está no mercado desde o começo do ano, está bastante atraente para o produtor de feijão, porém eu acredito que ele deva estar preparado para acomodação de preços — explica Sandra.