A confirmação de redução nos alojamentos de pintos de corte, defendida pelo setor avícola, contribuiu para a escassez de oferta de frango vivo entre a segunda e a terceira semana de janeiro, o que favoreceu a retomada do preço nas duas principais praças de comercialização do Brasil.
Conforme o analista Eduardo Sarmento, da agência Safras e Mercado, o setor apresentou bons negócios e preços inalterados na última semana do mês, apesar da pressão de oferta proveniente de Estados do Sul do país, que passaram a ingressar nos mercados paulista e mineiro nos últimos dias.
? Esse fato ajuda a explicar a razão pela qual o valor do frango vivo em São Paulo recuou de R$ 1,80 para R$ 1,75 ? comenta.
Quanto às exportações, os números previstos para o mês de janeiro não devem decepcionar, ficando muito próximos as 267 mil toneladas embarcadas em dezembro.
? Trabalhamos com embarques da ordem de 260 mil toneladas de frango em janeiro, produção próxima a 900 mil toneladas e disponibilidade interna de 640 mil toneladas ? diz Sarmento.
Para fevereiro, a expectativa é de que o comportamento do mercado indique cotações de estáveis a mais baixas para o frango vivo.
? Fevereiro é um mês em que tradicionalmente a demanda é mais fraca por conta do carnaval ? relata.
O analista acrescenta que os embarques talvez possam ficar em 250 mil toneladas, por conta do menor número de dias úteis, e a produção na ordem de 880 mil toneladas, com o mercado ainda sentindo os efeitos da redução nos alojamentos de pintos de corte.
Já a perspectiva para março indica um maior volume de produção e o crescimento das exportações.
? A expectativa é de que a partir de março os embarques de carne de frango possam oscilar entre 270 mil e 280 mil toneladas ? projeta Sarmento.