FAO faz alerta sobre surto de aftosa detectado na Faixa de Gaza

Instituição alertou que estoques de vacinas para conter avanço da doença continuam baixos e que a prioridade é limitar a movimentação dos animais para evitar contaminaçãoA Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou nesta quarta, dia 2, para o fato de que a confirmação de casos de febre aftosa na Faixa de Gaza ressalta a importância de se evitar que o vírus se espalhe pela região e possivelmente chegue à Europa.

Um novo tipo da doença, que pode ser fatal e causar sérios prejuízos ao rebanho, foi encontrado no Egito e na Líbia em fevereiro. O novo vírus SAT2 se espalhou para a cidade de Rafah, em Gaza, perto da fronteira com o Egito, em abril.

– Se o SAT2 entrar no Oriente Médio, pode se espalhar, ameaçando os países do Golfo e até países do sul e do leste europeu, e, talvez, mais longe ainda – disse Juan Lubroth, veterinário-chefe e diretor do Serviço de Saúde Animal da FAO.

A instituição alertou que os estoques de vacinas para conter o avanço da aftosa continuam baixos e que a prioridade agora é limitar a movimentação dos animais para evitar a contaminação. O transporte de animais do Delta do Nilo para a Península do Sinai e para a Faixa de Gaza é considerado o mais arriscado para que a doença se alastre para toda a região do Oriente Médio.

A Faixa de Gaza receberá 20 mil doses iniciais de vacinas e, depois, mais 40 mil doses serão colocadas à disposição para ovinos e caprinos, informou a FAO.
Após os relatórios oficiais de surtos de febre aftosa no Egito, Israel vacinou rebanhos nas suas fronteiras do sul para proteger os animais com maior risco de contágio. As informações são da Dow Jones.