Oferta de milho prevalece mesmo com quebra de safra no Sul do Brasil

Compradores dos segmentos de carnes sinalizam que a relação de troca por milho está baixa e, com isso, vêm reduzindo o ritmo de compraOs preços do milho estão em queda no Brasil há semanas, mesmo com a redução expressiva de produção no Sul do país nesta safra verão, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As pressões são resultado da resistência compradora diante das altas observadas nos primeiros 2,5 meses do ano em boa parte das regiões brasileiras.

Compradores dos segmentos de carnes sinalizam que a relação de troca por milho está baixa e, com isso, vêm reduzindo o ritmo de compra. Além disso, é esperada uma boa produção no cultivo de segunda safra, o que reforça o poder de negociação dos compradores.

Do ponto de vista da oferta, de um lado, produtores continuam dando preferência às negociações de soja, que a cada dia bate novos recordes de preços. Outros, porém, vendo as sucessivas desvalorizações do milho e com necessidade de recursos para pagamento de custeio no curto prazo, optam por liquidar alguns lotes de milho.

No mercado paulista, a liquidez tem sido moderada e os preços seguem em queda. Entre 23 e 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão em armazéns da região de Campinas (valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI), caiu 3,48%, fechando a R$ 24,39 por saca de 60 quilos nessa segunda. Dia 30. Se considerada a taxa de desconto NPR, também na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 23,92 por saca de 60 quilos nessa segunda, o que representa queda de 3,35% no comparativo com a segunda anterior.