Secretária de Agricultura de São Paulo admite incapacidade na defesa sanitária para citrus

Mônika Bergamaschi diz que trabalho é de conscientização dos produtoresA secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi, admitiu nesta quinta, dia 3, a incapacidade do poder público de assumir as funções de defesa sanitária nos pomares do Estado, maior parque comercial citrícola do mundo.

– São 240 milhões de plantas e a secretaria não tem condições de fazer isso. O trabalho é de conscientização dos produtores – disse.

Há mais de dois anos, a Secretaria de Agricultura suspendeu o convênio com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), entidade que fazia o serviço de defesa sanitária em citrus, com vistorias e erradicações de plantas doentes com greening e cancro, duas das principais pragas da cultura. Na quarta, uma reunião prevista para discutir ações para defesa, na Agrishow, foi cancelada.

Mônika atribuiu o cancelamento a um “momento delicado” na cadeia citrícola, com os embates entre produtores após a criação do Consecitrus.

– Além disso, existem discussões entre produtores e indústria para a definição dos preços da nova safra – explicou a secretária.

Ainda segundo a secretária, uma proposta de nova política sanitária para citrus é avaliada pelo departamento jurídico da pasta e deve prever o incentivo maior às ações de conscientização do produtor para que assuma a vistoria, a erradicação e a comunicação.