— Fomos forçados a encerrar a greve. Eles simplesmente atropelaram o processo de greve, que foi encerrada sem que uma assembleia fosse realizada. Isso gerou, nos trabalhadores, uma frustração que já está virando revolta e sentimento de impotência. Daqui pra frente a situação ficará imprevisível — disse Roginel Gobbo.
Apesar da derrota no Judiciário, o Sintrapav ainda tem esperanças de reverter a situação.
— Vamos pedir a revisão do acordo coletivo, já que, na época em que ele foi feito, o percentual de trabalhadores vindos de outros estados era menor, e a questão da baixada (folga dada aos trabalhadores vindos de outros estados, para visitarem suas famílias) não tinha o mesmo peso que tem agora — argumentou Gobbo.
O CCBM afirmou que o perfil de trabalhadores tem mudado com o passar do tempo. De acordo com o grupo, atualmente, 64% dos contratados moram no Pará. Em alguns momentos, esse percentual beirou os 90%. Segundo o consórcio, ao longo da obra, a tendência será a de começar a aumentar o número de trabalhadores de outros Estados, mas que “ainda por uns dois meses, essa superioridade continuará, até por ser uma estratégia econômica e socialmente mais saudável”.
O consórcio reiterou, ainda, a decisão de só sentar para negociar no período decidido por acordo coletivo. A data-base para essas negociações é novembro.