O que ocorre, conforme a explicação, é um controle mais rígido que está sendo adotado, por causa do aumento da presença nas cargas de vespas quarentenárias, que não existem no território brasileiro. O Ministério da Agricultura confirma apenas a suspensão das importações de uvas frescas e secas, além de mudas, por causa da incidência do ácaro Brevipalpus chilensis, que também é uma praga quarentenária. A medida suspende temporariamente a entrada de uvas chilenas e argentinas no território brasileiro.
A questão das restrições às importações de frutas argentinas faz parte do contencioso entre os governos dos dois países, por causa das barreiras impostas à carne suína brasileira pela Argentina em fevereiro deste ano, quando foram suspensas as licenças automáticas de importação. O ministro Mendes Ribeiro Filho, em mais de uma ocasião, anunciou que iria endurecer as relações, caso não fosse cumprido o acordo de liberação de uma cota mensal de 3,5 mil toneladas de carne suína, feito com o ministro argentino da Agricultura, Norberto Yauhar.
No ano passado, a Argentina foi responsável por 44% da maçãs e por 71% da peras importadas pelo Brasil. As importações brasileiras de maçãs argentinas no ano passado atingiram 73,7 toneladas e custaram US$ 63,5 milhões. Já importações de peras somaram 149,6 toneladas e renderam aos exportadores argentinos de R$ 137,3 milhões.