O crescimento é atribuído, sobretudo, ao ano de alta bienalidade e ao investimento realizado pelo produtor na lavoura. Confirmada a expectativa, esta será a maior safra produzida no país, superando até mesmo o recorde anterior de 48,48 milhões de sacas, do período 2002/2003. Em comparação com a safra de 2009, último ano de ciclo positivo, a produção é 4,09% maior.
O café da espécie arábica, com uma produção estimada em 38,13 milhões de sacas, representa em média 75,6% da produção nacional. Minas Gerais é o Estado líder no segmento, com um volume previsto em 26,34 milhões de sacas. Já o conilon ou robusta, cujo montante deve ficar em 12,31 milhões de sacas, média de 24,4% da produção cafeeira do país, tem no Espírito Santo seu maior representante, com uma colheita de 9,36 milhões de sacas.
– O café arábica está em um ano positivo, ou seja, quando a planta responde de forma positiva em relação ao aumento da produtividade, isso já era esperado. E também teve uma pequena elevação em relação ao conilon, quando comparado ao ano passado – disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.
Por outro lado, a área nacional plantada com as duas espécies totaliza 2,346 milhões de hectares. Se confirmada a pesquisa, o aumento será de 3,02% sobre a área de 2.278,10 mil hectares da safra de 2011. Ou seja, serão acrescentados 68.378 hectares.
Minas Gerais concentra a maior área plantada, com 1,219 milhões hectares, e a maioria absoluta do arábica. Espírito Santo ocupa o segundo lugar, com área de 492,26 mil hectares, prevalecendo a espécie conilon que ocupa 62% das terras cultivadas.
Os dados referem-se à pesquisa realizada no período de 15 a 28 de abril, quando foram visitados os municípios dos principais estados produtores (MG, ES, SP, BA, PR e RO), que representam 98% da produção nacional.
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