De acordo com BNDES, a iniciativa do negócio partiu exclusivamente da holding da família controladora e é uma decisão privada de natureza empresarial, que não depende da anuência do banco e, sobre o qual, a instituição não foi consultada. Caso seja concretizada a venda, o estatal não se tornará sócio da construtora, já que é acionista apenas da JBS.
O banco repudiou “qualquer ilação de caráter político relacionada à sua presença como acionista da JBS”. Em nota, acrescentou que pretende preservar os interesses da instituição e dos demais acionistas da JBS, que compraram papéis da empresa no mercado de capitais.
O apoio do BNDES a empresas de proteína animal se deve, segundo o comunicado, ao fato de o setor apresentar elevado nível de competitividade internacional e sua cadeia produtiva contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil.
Nesta quarta, dia 9, a J&F, controladora do Grupo JBS, anunciou a assinatura de um acordo com a Delta para assumir a gestão da companhia. A Delta pode ser investigada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, por causa das relações da construtora com o empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A J&F informou, porém, que o negócio só será concretizado após detalhada auditoria na Delta.
A construtora tem contratos com órgãos públicos federais, estaduais e municipais em vários estados e é a principal empreiteira das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.