– É uma feira para gerar negócios, mas eles precisam ser sustentáveis sob o ponto de vista econômico, social e ambiental. Se falhar um desses pés do tripé, eu vou ter dificuldades – afirma o organizador da mostra, Roque Justen.
Foi realizado um ciclo de palestras voltadas para produtores rurais com orientações sobre o Código Florestal. Para o engenheiro florestal Rafaelo Balbinot, é importante acabar com o mito de que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal são locais perdidos na propriedade.
– A Reserva Legal é uma área que tem que produzir, além de preservar. Inclusive, isso na lei, agora, é permitido para produtos florestais não madeiráveis, como folhas. Óleos é permitido que se extraia da Área de Preservação Permanente. Então, APP também tem uma vocação produtiva – diz.
A promotora de Justiça Mônica Manghelli levou o exemplo do projeto que busca recompor e proteger a mata ao longo de 375 quilômetros de margens do Rio Taquari. O trabalho atinge 13 municípios da região.
– Se observa a questão social, econômica, em harmonia com o meio ambiente. Nós podemos produzir, podemos permanecer nestas áreas de preservação desde que a gente faça de uma maneira que possa conciliar todos estes interesses, que são não só econômicos, mas do próprio meio ambiente. Se nós não preservarmos o mínimo destas áreas, não teremos maneira de continuar produzindo – declara.