Feira da Floresta dá espaço a discussão sobre sustentabilidade no RS

Evento é realizado em Gramado e conta com a participação de representantes de todos os elos da cadeia produtiva florestalA sustentabilidade nas propriedades rurais foi tema de discussão nesta quinta, dia 10, na Feira da Floresta, em Gramado (RS). De pesquisadores a produtores de sementes, todos os elos da cadeia produtiva florestal se encontram no evento com a mesma preocupação: o desenvolvimento sustentável no plantio de árvores.

– É uma feira para gerar negócios, mas eles precisam ser sustentáveis sob o ponto de vista econômico, social e ambiental. Se falhar um desses pés do tripé, eu vou ter dificuldades – afirma o organizador da mostra, Roque Justen.

Foi realizado um ciclo de palestras voltadas para produtores rurais com orientações sobre o Código Florestal. Para o engenheiro florestal Rafaelo Balbinot, é importante acabar com o mito de que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal são locais perdidos na propriedade.

– A Reserva Legal é uma área que tem que produzir, além de preservar. Inclusive, isso na lei, agora, é permitido para produtos florestais não madeiráveis, como folhas. Óleos é permitido que se extraia da Área de Preservação Permanente. Então, APP também tem uma vocação produtiva – diz.

A promotora de Justiça Mônica Manghelli levou o exemplo do projeto que busca recompor e proteger a mata ao longo de 375 quilômetros de margens do Rio Taquari. O trabalho atinge 13 municípios da região. 

– Se observa a questão social, econômica, em harmonia com o meio ambiente. Nós podemos produzir, podemos permanecer nestas áreas de preservação desde que a gente faça de uma maneira que possa conciliar todos estes interesses, que são não só econômicos, mas do próprio meio ambiente. Se nós não preservarmos o mínimo destas áreas, não teremos maneira de continuar produzindo – declara.