Para Weisser, as companhias de açúcar do Brasil estão sendo afetadas pela alta da moeda, infraestrutura ineficiente e aumentos dos custos da mão de obra e das despesas gerais, levando empresas a considerar transfererência da produção para outros mercados, como a África.
– Acredito que as pessoas não se deram conta ainda de que, hoje, é mais barato cultivar e produzir o açúcar na Europa. Isso me preocupa. O Brasil está se tornando muito caro -, disse Weisser em um painel de discussão do jornal “Financial Times” na Nyse Euronext.
Os crescentes desafios à sua competitividade, mesmo no setor agrícola, vêm em um momento em que o Brasil luta contra a apreciação da taxa de câmbio nos últimos meses. Enquanto o Brasil mantém-se produtor e exportador dominante de açúcar por causa de sol e água abundantes e terras favoráveis à cultura, sua vantagem tanto alardeada de baixos custos vem se erodindo.