O país, que tem sido forte importador de etanol de cana-de-açúcar do Brasil, aposta na chegada da tecnologia de segunda geração para avançar nos esforços de substituição de combustíveis fósseis. Foi o que afirmou na última quinta, dia 17, o embaixador da Suécia no Brasil, Magnus Robach, em visita à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.
– O etanol é um investimento que se busca na Suécia. Esperamos, com natural ansiedade, a tecnologia de segunda geração para produzi-lo – disse Robach. Ele acredita que há um potencial ainda adormecido para a demanda do biocombustível tanto em automóveis quanto no transporte público sueco, e que, para isso, o etanol de segunda geração é crucial.
A chamada segunda geração para produzir etanol faz uso da biomassa, como o bagaço e a palha da cana, para sua fabricação. Embora a tecnologia seja considerada dominada por algumas empresas, ainda há entraves em relação ao custo de produção – que é mais caro que o processo tradicional de manufatura do etanol com o uso do caldo, por fermentação.
Robach explicou que, há cerca de 15 anos, o governo sueco teve a visão de uma economia sem energia fóssil, e foi estabelecido um plano para reduzir a dependência de petróleo e gás do país.
– O etanol mostrou ser um caminho, um setor muito promissor com o uso em ônibus no transporte público e no trânsito em geral, uma política que se mantém forte.