– Se o século 20 foi o da oferta, com queda de preços das commodities de 2,2% ao ano, no século 21 houve um deslocamento do negócio para a demanda, com o ciclo de alta nos preços. Mas o cenário macroeconômico proporciona grande volatilidade – informou Carvalho.
Segundo ele, a desaceleração no crescimento econômico da China deve ser considerada, mas não deve trazer impactos grandes para a demanda das commodities, diante a restrição na oferta e do tamanho do mercado consumidor daquele país.
– A previsão é de que a China cresça 8% ao ano, o que é fantástico; se o Brasil crescesse nesse patamar teríamos graves problemas de logística e infraestrutura – avaliou o presidente da Abag.
Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, afirmou que a volatilidade em commodities ocorre por causa da saída de especuladores no mercado futuro, caso da soja, em busca de investimentos mais conservadores, como o dólar.
– Há duas semanas a soja estava em 15 cents (por bushel), hoje está em 14 cents; é bom lembrar que 30% das posições na Bolsa (de Chicago) estão nas mãos de especuladores. Mas a curva de alta é constante – concluiu.