Segundo informações da Agência Estado, as exigências relacionadas ao controle fitossanitário retardam a entrada da mercadoria. O maior rigor seria parte da represália ao governo argentino pelas barreiras que tem imposto aos produtos brasileiros.
A previsão é que a normalização do fluxo do trânsito aconteça no dia 1º de junho. O atraso não seria resultado direto de um endurecimento brasileiro, mas se deve a uma reforma no estacionamento da alfândega de Dionísio Cerqueira, cuja capacidade de acomodação está reduzida de 200 para 20 caminhões, o que os obriga a parar em fila ao longo da rodovia que liga os dois países.
Os organismos de saúde agroalimentar de ambos os países estão autorizando somente a entrada de 20 a 30 caminhões de cebola por dia. A reação do Brasil de impor barreiras aos produtos argentinos vinha sendo sinalizada desde abril, quando o Ministério de Agricultura passou a exigir licenças às importações de uvas, maçãs e peras.
A demora começou a ser percebida após visita do secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, a Brasília, quando prometeu um “gesto de boa vontade” para destravar o comércio, começando pela liberação da entrada da carne suína brasileira ao mercado argentino, na semana passada. Na segunda, dia 21, o secretário anunciou que havia liberado estas importações, mas até o momento isso não ocorreu, como informou nesta quinta, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.
Estão travadas as exportações argentinas de passas de uva, farinha de trigo, maçãs, peras, azeitonas, merluza, leite em pó, batatas pré-congeladas e vinhos.