As pesquisas mostram que aliando técnicas sustentáveis a outros fertilizantes é possível obter um resultado ainda mais barato e eficiente. Segundo o pesquisador do Fundo de Defesa dos Citricultores (Fundecitrus), Geraldo da Silva Júnior, os produtores devem ficar de olho nas exigências do consumidor, que querem uma fruta cada vez mais livre de produtos químicos.
– Nós buscamos a integração de diferentes estratégias de controle para tentar atuar em diferentes partes do ciclo da doença, reduzindo a quantidade do fungo e aumentando a eficiência do controle. Hoje, no Estado de São Paulo, a gente tem os maiores problemas com a podridão floral e com a pinta preta. Então, o controle cultural tem fortalecido esse manejo – diz.
Ele aconselha aos produtores que têm lavouras contaminadas com a podridão floral que acompanhem a previsão do tempo para conseguir aplicar produto no momento correto e, assim, evitar o uso excessivo de defensivos. Outra alternativa é utilizar a irrigação para antecipar o florescimento. Desta forma, as flores podem aparecer fora do período de chuva. Já quem sofre com a pinta preta, deve fazer a poda dos ramos contaminados e retirar as folhas secas do solo, evitando novos contágios. Outro ponto é a rotação de produtos, para que o vírus não desenvolva resistência.
– No caso de podridão floral, a estrelinha, como é comumente conhecida pelos citricultores, nós temos fetalmidos, como o folpet, e temos triazóis, que podem ser usados em alternância, no caso da pinta preta. Podemos usar os fungicidas à base de cobre, que são usados há muito tempo, entre outros – explica Eduardo Feichtenberger, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta)
Segundo os pesquisadores, utilizando essas técnicas, o aumento do custo com os defensivos, como a estrobirulina, diminui. O alta chega a R$ 0,50 por caixa de laranja. Além disso, o combate dos vírus se torna ainda mais eficaz.