– O que a gente constatou de um levantamento para outro foi um crescimento da doença, de talhões ao número de plantas. Então, esses consecutivos levantamentos vêm exatamente apontando que a doença vem crescendo, apesar de todo esforço – afirma.
O pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda acredita que é preciso mudar o modo de combate ao greening, começando pela captura e monitoramento do psilídeo (o inseto transmissor da doença), por meio do método biológico.
– Utilizando a tamaritsha radiatsa, que é uma vespa parasitóide do psilídeo. Os entomopatogêncios também, que são fungos que causam doenças nos insetos, mas não são prejudiciais para os humanos. Então, no futuro, a gente pensa em um controle mais sustentável, aumentar o nosso controle biológico e reduzir o controle químico – explica.
Conforme Miranda, os resultados das pesquisas mostram ainda que, para a prevenção, é possível adotar uma prática mais sustentável, aplicando menor quantidade de defensivo.
– A gente conseguiu reduzir em torno de 50% o volume que o produtor estava aplicando. Por exemplo, em um pomar que o produtor estava aplicando mil litros por hectare, a gente conseguiu reduzir para 500 litros. E a gente conseguiu a mesma eficiência. Avaliamos isso no campo. De controle de inseto e reduzindo todas as questões de inseticidas aplicados por hectare, água, custo. Controle mais sustentável, com mais eficiência e economia – aponta.