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alterações no cenário internacionalqueda nos preços
A produção de algodão em pluma é estimada pela Conab em 1,97 milhão de toneladas, volume 1% acima do previsto no levantamento de 2011, que era de 1,95 milhão de toneladas. A previsão é de crescimento de 0,5% em relação ao 1,959 milhão de toneladas colhidas na safra passada.
O levantamento de campo realizado pelos técnicos da Conab constatou que o plantio do algodão foi concluído nas principais regiões produtoras do país. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, o quadro climático favoreceu a fase de abertura das maçãs. A previsão é de que o clima continue favorável e confirme as expectativas de bons índices de produtividade. Os trabalhos de colheita devem começar na próxima semana.
Técnicos relatam que no oeste da Bahia as lavouras de algodão sofreram com a escassez de chuvas verificada em janeiro e fevereiro. “A partir da segunda quinzena de março, os volumes de chuvas voltaram a ser registrados, porém, de forma tímida. Assim, estima-se que haja uma redução da ordem de 12,0% no rendimento médio estadual”, menciona o relatório.
Em Goiás, terceiro maior produtor, a área plantada foi reduzida em 17,3%. Os técnicos dizem que a estiagem ocorrida no fim do mês de março e começo de abril, não afetou o desenvolvimento da cultura. A maioria das lavouras já está em fase de formação de capulhos.
O levantamento mostra que em Minas Gerais as lavouras estão se desenvolvendo bem, à exceção do norte mineiro, onde a estiagem provocou abortamento de flores e frutos. Os técnicos comentam que a colheita em Minas já se iniciou e deverá se estender até setembro. O rendimento médio projetado é de 3.736 quilos/hectare, 2% acima do observado no ano passado.
A estimativa da Conab é de que a produtividade média do algodão em caroço deva alcançar 3.740 quilos/hectare, ante 3.705 quilos/hectare obtidos na safra passada. Na opinião dos técnicos, além do clima favorável na maioria das regiões, outro fator que contribuiu para o leve aumento da produtividade foi o pacote tecnológico aplicado pelos agricultores, principalmente na região Centro-Oeste, onde as estimativas de rendimento ultrapassam os 3.800 quilos/hectare.