Na avaliação dos técnicos do governo, é uma mudança histórica, pois a China já importa 60 milhões de toneladas de soja e o complemento natural para rações é o milho. A China tem o maior rebanho de suínos do mundo. Os técnicos acreditam que as perspectivas são excelentes, pois qualquer demanda adicional de milho no mundo tem impacto positivo nos preços, o que favorece as exportações brasileiras.
Outro aspecto é que atualmente os Estados Unidos são os maiores exportadores para o mercado chinês e, se houver aumento dos embarques, haverá abertura para o produto brasileiro em terceiros mercados. A tendência é que o Brasil aos poucos se torne um fornecedor regular para o mercado chinês, acompanhando o aumento das importações.
Segundo os dados do USDA, nesta safra os maiores exportadores mundiais de milho são os Estados Unidos, com 48,26 milhões de toneladas, de uma safra de 375,6 milhões de toneladas. O segundo maior exportador é a Argentina, com embarques de 16 milhões das 25 milhões de toneladas produzidas. Os países da Federação Russa produzem 35 milhões e exportam 14,8 milhões de toneladas. A Ucrânia produz 24 milhões de toneladas e exporta 14 milhões.
O USDA projeta a exportação do Brasil em 12 milhões de toneladas. As estimativas divulgadas hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetam a produção de 67,78 milhões de toneladas e as exportações em 11 milhões de toneladas. Existe margem para aumento das vendas externas, pois o estoque de passagem ao final desta safra é estimado em 16,07 milhões de toneladas.