Segundo Guido Mantega, o programa mostra que, ao contrário de outros países, o Brasil já vem implementando uma política anticíclica há mais de dois anos, que permitiu preparar o país de forma sólida para enfrentar a crise internacional.
O governo anunciou um incremento de R$ 142,1 bilhões no programa que inicialmente previa R$ 5003,9 bilhões. Com os novos recursos, as verbas previstas para o PAC devem chegar a R$ 646 bilhões. Após 2010, no próximo governo, estão previstos mais R$ 502,2 bilhões elevando para R$ 1, 148 trilhão o total de verbas para o Programa de Aceleração do Crescimento.
Durante o balanço, o ministro Guido Mantega lembrou que a economia brasileira passou de uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano para um patamar acima de 4,5%, o que significa que o Brasil voltou a crescer.
? Nos últimos dois anos, crescemos em torno de 5%. Esse crescimento foi impulsionado sobretudo pelo aumento expressivo do crescimento ? disse.
O ministro destacou que a partir de 2006 o crescimento passou a ser de dois dígitos, ou seja, mais de 10%. Em 2008, segundo ele o crescimento ficou próximo de 15% sobre o ano anterior de acordo com as últimas estatísticas. A estimativa é de três vezes o crescimento do PIB.
O ministro ressaltou ainda o crescimento da demanda interna que chegou a 7,3%, com o consumo no varejo atingindo ao longo de 2008 o patamar de 14% antes de setembro, quando a crise econômica começou a ser sentida mais profundamente.
? Nós ampliamos a capacidade de consumo da população brasileira. No período mais recente, com a crise, nós tivemos uma queda no crescimento de 10,9% (resultado de 12 meses)? afirmou.
Para o ministro, esses números significam que, apesar da crise, o Brasil possui um nível de consumo bastante elevado e, mesmo que haja uma queda, o índice ainda se manterá expressivo. O fator responsável pelo aumento do investimento e do consumo foi o aumento do crédito.