Nesta quarta, dia 4, os integrantes do FCO se reuniram para fazer a adequação da medida, que envolve acerto individual por cada tomador que esteja inadimplente. Em reunião extraordinária, o FCO também rejeitou proposta do Ministério da Fazenda de absorver o passivo de R$ 1 bilhão em financiamentos do FAT Giro Rural, feitos para capital de giro, em grande parte referentes ao Estado de Mato Grosso.
O secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste e secretário-executivo do conselho do FCO, José Antônio Parente, afirmou que o fundo não tem condições de bancar o refinanciamento desses empréstimos, mas garantiu que terá que ser encontrada uma solução.
O FCO tem hoje R$ 10 bilhões emprestados e ficaram em caixa R$ 462 milhões no ano passado. Parente espera deixar o cofre zerado em 2009. Ele disse que na gestão do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o FCO foi destravado.
Enquanto em 2007 foram emprestados R$ 5,7 bilhões, em 2008 os recursos tomados chegaram a R$ 7,4 bilhões, ou seja, R$ 1,7 bilhão a mais. Os juros do FCO oscilam entre 5% a 10% ao ano e os prazos são de até 20 anos, com três anos de carência para o início dos pagamentos. O conselho do FCO pretende que os empréstimos para o setor de serviços sejam ampliados, porque, segundo Parente, trata-se de uma área muito importante na região.