Pelos cálculos da Conab, as exportações de carne de frango devem crescer 2,16% (84,1 mil toneladas) e atingir 3,984 milhões de toneladas. A expectativa preliminar para a carne bovina é de manutenção das exportações nos mesmos níveis do ano passado, quando somaram 1,425 milhão de toneladas. Para a carne suína a expectativa é de recuo de 6% nas exportações (menos 31,8 mil toneladas), para 496 mil toneladas.
Segundo o analista, a expectativa para este ano é de crescimento modesto nas exportações de carnes e a tendência de retração da receita em dólar, devido à queda nos preços internacionais. Ele prevê melhores condições de competitividade das indústrias de carnes, principalmente aves e suínos, tanto no front interno como externo, em função da perspectiva de queda dos custos de produção, pois os altos preços do milho e da soja vinham pressionando as margens do setor desde o segundo semestre do ano passado. A colheita da safrinha recorde de milho irá regularizar o abastecimento e os preços devem começar a cair a partir de julho.
Consumo interno
A carne de frango se consolida como principal proteína animal consumida pela população brasileira. Segundo a Conab, o consumo deve crescer 3,37% (mais 301,8 mil toneladas) e atingir 9,264 milhões de toneladas. O consumo per capita de carne de frango, que desbancou a carne bovina a partir de 2008, está estimado neste ano em 47,1 quilos por habitante/ano. O consumo interno representa 70% da produção nacional de carne de frango.
A estimativa da Conab é de crescimento de 0,24% no consumo interno de carne bovina (mais 16,8 mil toneladas), para 7,081 milhões de toneladas. O consumo per capita, que chegou a 43,3 quilos por habitante/ano em 2006, para este ano é estimado em 36 quilos. O consumo interno representa 84% da produção nacional de carne bovina.
Para a carne suína a perspectiva é de aumento de 2,3% na demanda interna (65,2 mil toneladas), que deve somar o recorde de 2,9 milhões de toneladas. O consumo per capita vem crescendo nos últimos anos e deve atingir 14,8 quilos por habitante/ano. O analista da Conab acredita que a carne suína tem potencial de crescimento de consumo (em volume) no mercado interno semelhante ao da carne de frango, pois o principal obstáculo é cultural, remanescente dos tempos em que os porcos eram criados sem as condições sanitárias e tecnológicas existentes hoje. O consumo interno de carne suína representa 85% da produção nacional.