Produtores pedem alíquota zero para glifosato chinês

Camex reduziu a taxa de 2,9% para 2,1% nesta terçaO Diário Oficial da União desta quarta, dia 4, publicou a resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre a alíquota antidumping aplicada às importações de glifosato ? matéria-prima para a fabricação de defensivos agrícolas ? da China. Mas, apesar de ter caráter definitivo, a redução de 2,9% para 2,1% anunciada nesta terça, dia 3, ainda depende da confirmação dos sete ministros que integram a Camex. A decisão deve entrar em vigor no dia 12 deste mês e pode durar até cinco anos.

Agricultores e parlamentares ligados ao agronegócio acham que a desoneração ainda é insuficiente para diminuir os custos de produção das lavouras e defendem alíquota zero de importação do glifosato. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) espera que os ministros que integram a Câmara de Comércio Exterior atendam à reivindicação do setor.

? Se aprovarem os 2,1% lamentaremos que não seja zero. Num momento de crise temos de baixar o custo de produção ? disse.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) critica a manutenção da tarifa sobre um produto que teve 100% de aumento em um ano.

? Tirar o antidumping não inibe nenhum tipo de investimento nas indústrias, pois elas não vêm ao Brasil investir em pesquisa, produção, exigindo tarifa antidumping, mas sim o potencial de produção que a agricultura brasileira tem ? destaca a assessora técnica da CNA, Rosemeire dos Santos.

Desde 2003, a alíquota que incide sobre as importações do glifosato chinês vem sendo reduzida. Passou de 35,8% em 2003 para 11,7% em 2008. Em julho do ano passado, um novo ajuste fixou a taxa em 2,9%.