No total, já são 120 unidades na região do Alto Uruguai. Juntos, os silos armazenam 500 mil sacos de grãos.
Quem tem o silo consegue fazer sobrar entre R$ 5,00 e R$ 6,00 por saca a mais do que em silos particulares. A ideia agora é formar uma associação para comercializar a produção.
Até 2008, o agricultor Josemar Testolin pagava para estocar os grãos. O custo para deixar a produção em um silo variava entre R$ 4,00 e R$ 6,00 por saca. Agora, ele tem o próprio silo e, com isso, o lucro aumentou. Testolin pode armazenar mil sacas de cereais, com manutenção do silo por R$ 0,30 (a saca). Como está armazenado em casa, o produtor vende quando o preço estiver melhor.
– É mais um ganho em torno de uns 15% na venda do produto, você tendo ele em casa, armazenando dentro da propriedade – conta o produtor do município de Paulo Bento (RS).
O agricultor Frederico Fabian, do mesmo município, também resolveu apostar nos silos próprios. Fabian investiu R$ 146 mil na construção de uma estrutura para nove mil sacas.
– Acho que em seis anos, por aí, a gente consegue pagar (o investimento). Vale a pena, sim – avalia.
A implantação dos pequenos silos é incentivada pela Emater, que elabora o projeto técnico. O investimento pode ser financiado pelo produtor.
– Hoje o agricultor tem linhas de crédito, tipo o Mais Alimentos, que proporciona 10 anos de financiamento com três de carência e juros de 2% ao ano – diz o chefe da Emater de Paulo bento, Claudio Kochhann.