– Nós também já tínhamos essa preocupação. Sempre que um determinado setor apresenta muitas operações de concentração, o Cade fica alerta – afirmou.
Segundo ele, os parlamentares da FPA ficaram de encaminhar ao órgão de defesa da concorrência todas as notícias referentes a fusões e aquisições do setor, enquanto o Cade se comprometeu a buscar a assinatura de Acordos de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apros) nos processos onde houver riscos de prejuízo à ordem econômica. Além disso, o novo Departamento de Estudos Econômicos da autarquia elaborará um relatório detalhado sobre o setor de frigoríficos.
– Será o primeiro estudo setorial do Novo Cade. Apesar da nossa ainda pequena estrutura, temos capacidade de acompanhar de perto o setor e temos os instrumentos para agir se necessário – completou Carvalho.
Segundo ele, o Cade também deve concluir até o fim do ano um estudo que já vinha sendo feito sobre o setor de distribuição de combustíveis, mas que teve que ser paralisado durante a transição para o novo sistema de defesa da concorrência, que entrou em vigor no dia 29 de maio. O presidente revelou que outros setores também serão alvo do órgão, mas não quis revelar por enquanto quais serão eles.
A primeira reunião do Novo Cade acontecerá na próxima quarta, dia 4, e estão pautados dezenas de casos do estoque de processos que seguem as regras antigas de análise posterior ao fechamento dos negócios. Entre os destaques, está a aquisição da cimenteira de origem portuguesa Cimpor do Brasil pela Camargo Correa e a operação da Petrobras com a Vale para a exploração de potássio em Sergipe.