? A oferta se mostrou mais restrita na semana, propiciando leve alta no mercado paulista ? comenta Rafael Blaca, analista da agência Safras e Mercado.
De acordo com ele, a demanda seguiu tímida e a pressão de baixa ainda existe, mas a retração na oferta foi a forma encontrada pelo suinocultor paulista para dar sustentação ao mercado.
A postura de retração na venda ganhou força ainda na segunda, dia 2, durante a reunião da Bolsa de Suínos de São Paulo. Inconformados com o preço de R$ 38 por arroba oferecida pelos frigoríficos, criadores que estavam pedindo R$ 40 encerraram a reunião sem negócios para suíno vivo. De acordo com a associação, o mercado chegou a registrar negócios entre R$ 40 e R$ 41 no interior paulista, com relatos de criadores admitindo peso dos animais abaixo da média de abate.
Nas demais regiões produtoras o suíno terminou a semana com preços mistos. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi cotado a R$ 1,80 nesta quinta, dia 5, na integração, para pagamento em 14 dias, contra R$ 1,70 da semana anterior. No interior do Estado, o preço recebido pelos produtores independentes ficou em R$ 1,90 contra R$ 1,85 da última quinta.
Em Santa Catarina, o preço praticado na integração ficou em R$ 1,80 quilo contra R$ 1,70 da última semana, enquanto produtores independentes receberam R$ 1,90, ante R$ 1,85 de fechamento de janeiro.
No Paraná, o quilo do suíno na região oeste ficou em R$ 1,85 quilo, patamar que repete a semana anterior. Em Arapoti, o mercado seguiu estável em R$ 1,73 para pagamento à vista, enquanto no mercado livre o suíno seguiu cotado a 1,70.
Em Mato Grosso o mercado recuou. O quilo vivo do suíno foi cotado a R$ 1,85 na quinta, dia 5, em Rondonópolis, para pagamento em 30 dias, contra R$ 2,05 da semana anterior.
O destaque de mercado na semana ficou com a divulgação, pela Secretaria de Comércio Exterior, das exportações de carne suína de janeiro. O Brasil arrecadou US$ 71 milhões com as vendas externas do produto no período, valor inferior ao de US$ 66,2 milhões de dezembro. O volume total embarcado ficou em 33,7 mil toneladas, com média diária de 1,6 mil toneladas ? 37% superior à média diária de dezembro.
O preço médio pago pela carne suína brasileira voltou a desvalorizar. Em janeiro, a carne suína in natura foi negociada a US$ 2,105 mil a tonelada, 18% menos em relação a dezembro. No comparativo com janeiro de 2008, quando a receita média diária com exportações atingiu US$ 2,8 milhões, o desempenho de janeiro último foi 21,3% superior.