A geração de energia do Brasil é de 102 mil megawatts, e precisará crescer para 153 mil megawatts nos próximos 10 anos. Com uma matriz energética considerada a mais limpa do mundo pela Agência Internacional de Energia, o país depende principalmente das hidrelétricas, responsáveis por 85% da produção.
Mas a participação dessas usinas pode ser reduzida para 75%. Mesmo que a prioridade seja o uso de fontes limpas e renováveis, o ministério considera possível, para atender à demanda, recorrer às termelétricas ? que são poluentes por utilizarem por exemplo carvão, diesel ou gás ? e também às usinas nucleares.
? Ou instalamos determinadas termoelétricas ou faltará energia em alguns setores do país, e isso é tudo o que não queremos ? disse o ministro.
Lobão alegou que essas usinas poluentes não funcionam o ano inteiro e são ativadas em períodos de estiagem para compensar a baixa produção das hidrelétricas. Disse também que a energia eólica é uma boa alternativa, mas o custo é alto. Sobre os investimentos no setor, ele garantiu que não devem faltar recursos no curto prazo.
O plano decenal de expansão de energia ficará sob consulta pública até o dia 28 deste mês. Os interessados em contribuir podem enviar sugestões para o e-mail [email protected] ou para o endereço da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (Esplanada dos Ministérios, Bloco U, 5º andar, CEP 70065-900, Brasília-DF).