Já a estimativa para as safras consolidadas (primeira e segunda safras) apresenta um crescimento de 21% ou de 12,07 milhões de toneladas, atingindo 69,48 milhões de toneladas. A área cultivada na segunda safra do grão, de acordo com o levantamento, cresceu 22,7 % ou 1,3 milhão de hectares.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também divulgou estimativas para a safra nacional de grãos, aponta uma produção total de 69,05 milhões de toneladas de milho no ano 2011/2012. O número representa queda de 0,9% para a primeira safra e aumento de 2,5% para a segunda, em relação à pesquisa anterior, realizada em maio.
Os resultados obtidos pelo IBGE apontam produção recorde para as duas safras do produto, superando em 22,7% o total cultivado em 2011, com área plantada maior em 11,6%. Técnicos do órgão avaliam que os números refletem os bons preços do produto no mercado.
Para a segunda safra de milho em grão, a estimativa é de alta na produção, prevista pelo instituto em 35,27 milhões de toneladas, e no rendimento médio – de 2,5% e de 4,6%, respectivamente. Entretanto, assinala diminuição das áreas plantada e colhida, de 2%. A queda é atribuída principalmente à região Nordeste, em função dos prejuízos sofridos com a seca. As previsões de plantio para esta região registram queda de 32,1% em áreas a ser plantadas e colhidas e 10,7% em produção.
A região Centro-Oeste, maior produtora do cereal na segunda safra, com 62,9% da produção nacional, apresenta variação positiva de 3,7% na produção, de 2,5% no rendimento médio e 1,3% na área plantada e área a ser colhida. Mato Grosso do Sul foi o principal responsável por estes números, conforme o IBGE, com aumentos de produção (16,0%), rendimento (12,8%) e área (2,8%).
No Sul, o Paraná, segundo maior produtor, com 29,3% da produção nacional, tem estimativa de aumento da produção de 0,9%. Devido aos preços satisfatórios praticados para o grão, os produtores investiram mais em tecnologia (semente, fertilizante, insumos), com reflexos positivos, sobretudo, no rendimento. As condições climáticas favoráveis geram também boas expectativas de produção.