— Com um trabalho assim, mais consistente, de conscientização para o consumidor, dando opções, dando receitas, a possibilidade de você aumentar as vendas é muito maior — avalia o vice-presidente da Associação Brasileira dos Supermercados, Márcio Milan.
Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), explicou que uma das propostas é a subvenção do governo ao frete para escoamento da carne suína das regiões de produção para os centros de consumo onde serão realizadas as campanhas de venda. Ele afirmou que o estoque de carne suína nas indústrias está em torno de 150 mil toneladas e que o escoamento de pelo menos 60 mil toneladas aliviaria a situação da armazenagem, permitindo às empresas retomar as compras de animais vivos para abate.
Em relação à continuidade das negociações com o governo, Lopes disse que na terça, dia 17, houve avanço quanto à renegociação das dívidas de custeio dos suinocultores. Ele comentou que o governo irá enviar uma carta aos bancos, principalmente ao Banco do Brasil, autorizando a prorrogação por seis meses (até janeiro do próximo ano). Nos casos em que for constatada a falta de condições de pagamento, as dívidas serão automaticamente alongadas por cinco anos.
Outro ponto que vem sendo discutido é a subvenção nos preços para escoamento da produção. Na semana passada o governo anunciou a possibilidade de operações de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para a região Sul, que teriam como preço de referência excepcional de R$ 2,30 por animal vivo. Os recursos poderiam atingir R$ 20 milhões e o valor máximo do prêmio dos leilões de PEP seria de R$ 0,40 por quilo. Lopes disse que os produtores querem que a subvenção seja concedida diretamente na venda do suíno, no valor de R$ 0,40 a R$ 0,60.