Sá afirmou que, por interferência do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento convocou a Anffa para um encontro previsto para ser realizado nesta quinta, a partir das 10h.
– Temos informações sobre a realização de uma reunião interna do governo nesta quarta à tarde, com a participação da ministra (do Planejamento) Mirim Belchior. Esperamos que o governo construa uma proposta e, se houver avanço, não haverá motivos para a greve – disse.
A pauta de reivindicações dos fiscais agropecuários tem 13 itens, como a recomposição salarial de 22,08% relativa aos últimos cinco anos em que a categoria não teve reajuste de salários. Outro ponto da pauta é a realização de concursos para aumentar o efetivo da fiscalização, que hoje é de 3,24 mil profissionais.
– A recomposição do quadro é necessária, pois atuamos no segmento mais importante que garante a arrecadação e dá sustentação a balança comercial brasileira.
A entidade calcula que, para atender toda a demanda pelos serviços de fiscalização animal e vegetal no território nacional, seria necessário contratar mais 6,7 mil fiscais, para chegar a 10 mil profissionais em atividade. Sá citou como exemplo Mato Grosso do Sul, que tem mais de um mil quilômetros de fronteira seca.
– É impossível com 132 fiscais (em Mato Grosso do Sul) dar cabo de impedir a entrada de doenças que possam atingir um rebanho de 27 milhões de cabeças – afirmou.