Grãos
O estudo aponta para uma área de grãos a ser colhida de 49,4 milhões de hectares, mais 1,5% do que em 2011 e 0,11% mais do que a previsão de junho. As três principais culturas – arroz, milho e soja – respondem por 84,7% da extensão. Juntas, representam 91% da safra.
Comparado a 2011, a perspectiva é de redução de 13,3% na área plantada de arroz. Em contrapartida, haverá acréscimo de 9,6% no milho e de 3,7% na soja. A expectativa é que a produção do milho seja 27% maior do que a de 2011, enquanto as de arroz e soja devem cair 14,9% e 12,2%, respectivamente, considerando a mesma comparação.
Entre as grandes regiões, o IBGE destaca o volume de produção do Centro-Oeste, de 69,8 milhões de toneladas; do Sul, de 56,7 milhões de toneladas; do Sudeste, de 19,1 milhões de toneladas; do Nordeste, de 13,2 milhões de toneladas, e do Norte, de 4,5 milhões de toneladas.
Ante a safra passada, houve acréscimo nas regiões Norte, de 2,2%, Sudeste, de 11,3%, e Centro-Oeste, de 24,4%. Também foi registrado decréscimo nas regiões Sul, de 16,4%, e Nordeste, de 9,4%. Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,7%, seguido pelo Paraná, com 19,3% e Rio Grande do Sul, com 12,1%. Somados representam 56,1% do total nacional.
Safra recorde de café
A produção nacional de café de 2012 deve ser recorde, segundo o IBGE. A estimativa é de uma produção de três milhões de toneladas das duas principais espécies cultivadas, arábica e a canephora (conilon). O volume equivale a 50,8 milhões de sacas de 60 quilos, leve queda em relação à estimativa de junho, que foi projetada em 50,9 milhões de sacas.
A produção representa um acréscimo de 14,2% ante a safra de 2011, principalmente, por causa do café arábica, responsável por 75,2% da produção brasileira de café em grão. O IBGE destaca ganho de produtividade de 15,1%, “típico para um ano de alta”.
A safra do arábica em 2012 é estimada em 2.282.925 de toneladas (38 milhões de sacas de 60 quilos) e apresenta decréscimo de 0,3% em relação à estimativa de junho, creditado aos Estados de Pernambuco e Minas Gerais.
“No primeiro Estado, a cultura do arábica foi fortemente prejudicada pela estiagem que assola grande parte do Nordeste e teve sua expectativa de produção reduzida em 66,7%. Já em Minas Gerais, maior produtor nacional, o decréscimo de 0,2% na produção se deve à constatação dos danos que a estiagem causou na Zona da Mata no início deste ano. A ocorrência de chuvas em julho, em algumas regiões do Estado, prejudicou o andamento da colheita, assim como a qualidade de parte do café já colhido”, informou o órgão.
Sobre o café conilon, o IBGE ressalta que, no comparativo mensal entre as estimativas, em julho, o Estado do Espírito Santo, primeiro produtor nacional, não modificou suas estimativas realizadas em junho e concentra os maiores rendimentos do país para esta espécie de café (média de 1.955 quilos). As modificações em relação à estimativa realizada no mês anterior se devem principalmente ao Estado de Rondônia que, em julho, reavaliou a área total ocupada com a cultura (-3,8%) e a área colhida (-8,0%). Assim, a produção nacional estimada em julho decresceu 1,1%, totalizando agora 751.760 toneladas.
Alta na produção
Entre os 26 produtos agrícolas que compõem o LSPA de julho, 13 apresentaram variação positiva na estimativa de produção em comparação à safra de 2011. Foram eles o algodão herbáceo em caroço (4,9%), amendoim em casca primeira safra (25,6%), aveia em grão (13,5%), batata-inglesa terceira safra (1,3%), café em grão arábica (16,2%), café em grão robusta (8,5%), cebola (2,0%), cevada em grão (15,6%), feijão em grão 2ª safra (6,5%), feijão em grão terceira safra (0,0%), laranja (0,3%), milho em grão segunda safra (71,8%) e triticale em grão (3,6%).
As variações negativas foram percebidas para o amendoim em casca segunda safra (29,8%), arroz em casca (14,9%), batata-inglesa primeira safra (7,8%), batata-inglesa segunda safra (20,1%), cacau em amêndoa (3,7%), cana-de-açúcar (7,6%), feijão em grão primeira safra (36,2%), mamona em baga (61,4%), mandioca (1,9%), milho em grão primeira safra (2,0%), soja em grão (12,2%), sorgo em grão (0,6%) e trigo em grão (7,9%).
Em relação à estimativa de junho os destaques foram algodão herbáceo (0,9%), aveia em grão (1,1%), café em grão arábica (-0,3%), café em grão robusta (-1,1%), cevada em grão (1,2%), feijão em grão segunda safra (-1,4%), feijão em grão terceira safra (-0,7%), milho em grão primeira safra (-0,9%), milho em grão segunda safra (+7,7%) e sorgo em grão (5,5%).