O caminho feito pelos grãos produzidos na região que seguem para o porto de Santos, no litoral de São Paulo é de quase mil quilômetros sobre rodas e outros 1,1 mil sobre trilhos. O assunto foi discutido em um simpósio em Sinop (MT). Na opinião da classe produtora, o uso das águas do rio Teles Pires para o escoamento da produção rumo aos portos do norte do país é a alternativa para o setor.
Segundo produtores rurais, empresários, consultores e especialistas em logística, uma hidrovia poderia reduzir consideravelmente os gastos com o transporte e ainda ampliar a competitividade dos produtores desta região.
Pelos cálculos do movimento pró-logística, com a hidrovia o setor poderia economizar R$ 2 bilhões por ano nos gastos com escoamento. Além disso, também haveria redução nos impactos ambientais com a menor emissão de gases poluentes. Durante o simpósio, inclusive, foi lançado o movimento “hidrovia já”, que pretende conquistar o apoio da população.
Apesar das vantagens, a implantação da hidrovia ainda segue sem estimativas concretas. O custo total da implantação da hidrovia é estimado em pouco mais de R$ 7 bilhões. O diretor de infraestrutura aquaviária do Dnit, Adão Magnus Proença, garantiu que até o fim de setembro este estudo será contratado. Ele destacou ainda que o objetivo do governo federal é melhorar a eficiência dos modais de transporte, em especial o hidroviário, que hoje só transporta 13% das cargas brasileiras.