Os especialistas da bolsa argumentam que as perspectivas iniciais refletiam uma forte redução sobre a intenção de plantio. O relatório indica, porém, que “esse retrocesso poderia ser atenuado por um melhor preço de mercado, melhores perspectivas climáticas e a probabilidade de ter uma comercialização mais fluida no próximo ano”.
Estes aspectos alentam os produtores e freiam, parcialmente, a queda inicial estimada. As cotações dos contratos futuros de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) acumulam valorização de cerca de 35% desde o início do ano, principalmente por causa da frustração de safra nos Estados Unidos, maior produtor mundial do cereal, cujas lavouras enfrentam forte estiagem.
A bolsa alerta, no entanto, para o fato de que “a reduzida capacidade de investimento de vários produtores após uma magra campanha, o incremento de certos custos e uma condição hídrica deficitária em grande parte da área agrícola, são variáveis que se contrapõem aos incentivos antes mencionados, faltando poucos dias para começar o ciclo”. O início do plantio está previsto para o fim deste mês.