Cachaça de Salinas (MG) recebe selo de Indicação Geográfica

Algodão colorido da Paraíba e própolis vermelha de Alagoas também tiveram registros no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)Após quase três anos do início do projeto, os produtores de cachaça da região de Salinas, em Minas Gerais, comemoram o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) para a cachaça da região. O registro, que foi concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no dia 17 de julho, tem como objetivo evitar que produtos de origem de outras regiões sejam vendidos como a original cachaça salinense, além de garantir a excelente procedência do produto. Após Paraty, no Rio de Janeiro, a r

Com a conquista do selo, a bebida ganha valor e busca uma concorrência mercadológica mais justa, otimizando a exportação do produto, que adquire status e reconhecimento diferenciados. Além disso, o produto deixa de ser visto apenas como mais uma bebida destilada genérica para ser considerado um artigo apreciado por sentidos como olfato, paladar e visão, abrindo portas para sua inserção nos Estados Unidos e União Europeia.

Na mesma data, o INPI aprovou o pedido de Indicação Geográfica Paraíba para produtos têxteis confeccionados em algodão colorido. O reconhecimento se justifica pelo diferencial tecnológico que o Estado possui no setor. Devido às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Algodão, a Paraíba, que registrou uma queda na produção nos anos 1980, retomou o plantio com uma novidade: o algodão passou a ser naturalmente colorido.

O trabalho de melhoramento genético das variedades começou em 1989 e, desde então, foram estudadas 35 novas linhagens de algodão nos municípios de Patos e Monteiro. Como resultado, Campina Grande e regiões vizinhas são, atualmente, grandes centros de produção algodoeiro reconhecidos em todo o país.

A cooperativa, de 31 associados, transforma as plumas de algodão colorido em peças de vestuário e para casa. Com as sobras de tecidos, fazem bonecos e animais de pano para crianças. Brinquedos e almofadas produzidas com o algodão naturalmente colorido já são exportados para a União Europeia.

Recentemente, o INPI também conferiu o registro à própolis vermelha de Alagoas, na modalidade Denominação de Origem. O título, reconhecido internacionalmente, serve como uma forma de proteção daquilo que é produzido em determinada região que possui algum reconhecimento histórico ou tem sua qualidade intrinsecamente ligada ao meio onde é produzido. O registro consiste em um selo que permite a utilização de um nome geográfico, indicando a origem de um determinado produto ou serviço.

A própolis alagoana é uma substância de cor vermelha, com cheiro balsâmico, derivada da resina da Dalbergia ecastophyllum, conhecida como “rabo de bugio”, transportada para a colmeia pelas abelhas e modificada pelas enzimas do animal.