Com a conquista do selo, a bebida ganha valor e busca uma concorrência mercadológica mais justa, otimizando a exportação do produto, que adquire status e reconhecimento diferenciados. Além disso, o produto deixa de ser visto apenas como mais uma bebida destilada genérica para ser considerado um artigo apreciado por sentidos como olfato, paladar e visão, abrindo portas para sua inserção nos Estados Unidos e União Europeia.
Na mesma data, o INPI aprovou o pedido de Indicação Geográfica Paraíba para produtos têxteis confeccionados em algodão colorido. O reconhecimento se justifica pelo diferencial tecnológico que o Estado possui no setor. Devido às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Algodão, a Paraíba, que registrou uma queda na produção nos anos 1980, retomou o plantio com uma novidade: o algodão passou a ser naturalmente colorido.
O trabalho de melhoramento genético das variedades começou em 1989 e, desde então, foram estudadas 35 novas linhagens de algodão nos municípios de Patos e Monteiro. Como resultado, Campina Grande e regiões vizinhas são, atualmente, grandes centros de produção algodoeiro reconhecidos em todo o país.
A cooperativa, de 31 associados, transforma as plumas de algodão colorido em peças de vestuário e para casa. Com as sobras de tecidos, fazem bonecos e animais de pano para crianças. Brinquedos e almofadas produzidas com o algodão naturalmente colorido já são exportados para a União Europeia.
Recentemente, o INPI também conferiu o registro à própolis vermelha de Alagoas, na modalidade Denominação de Origem. O título, reconhecido internacionalmente, serve como uma forma de proteção daquilo que é produzido em determinada região que possui algum reconhecimento histórico ou tem sua qualidade intrinsecamente ligada ao meio onde é produzido. O registro consiste em um selo que permite a utilização de um nome geográfico, indicando a origem de um determinado produto ou serviço.
A própolis alagoana é uma substância de cor vermelha, com cheiro balsâmico, derivada da resina da Dalbergia ecastophyllum, conhecida como “rabo de bugio”, transportada para a colmeia pelas abelhas e modificada pelas enzimas do animal.