O cavalo crioulo é de porte pequeno a médio. A altura varia entre 1,38 metro e 1,5 metro, com peso médio de 400 quilos. São admitidas praticamente todas as pelagens, com exceção das pintadas e totalmente albinas. A morfologia dos animais foi mudando ao longo dos 80 anos de associação da raça no Brasil. O pescoço ficou mais leve, os posteriores mais fortes, e o cavalo, que antes era quadrado no comprimento, agora parece mais retangular.
A morfologia que se busca hoje é cada vez mais voltada para a funcionalidade, ou seja, uma conformação que facilite os movimentos do animal. Essa mudança de conceito foi impulsionada pelo Freio de Ouro, a maior competição da raça no país.
A cada ano, cerca de mil animais participam da peneira de 65 credenciadoras e 12 classificatórias para a finalíssima da competição, que há 31 anos reúne em Esteio os melhores exemplares da raça.
— Em outras raças, e outras modalidades, para cada tipo de prova existe uma genética, e a prova do Freio não tem uma genética para rédea, uma para apartar, uma para correr, outra pra morfologia. Ela é tão completa que selecionamos esse cavalo pra todas as demais modalidades — explica o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Manuel Luis Benevenga Sarmento.
O plantel nacional mais que dobrou de tamanho nos últimos 10 anos. Hoje são quase 300 mil exemplares em todo o território nacional. Os remates registraram mais de R$ 100 milhões de faturamento em 2011, e a expectativa da ABCCC é de que em 2020 a comercialização gire em torno dos R$ 300 milhões.
— O cavalo crioulo não cresce porque está na moda, mas porque tem um produto que realmente é bom. Se ele não tivesse condições de competir com outras raças no mercado, esse crescimento não estaria tão grande e tão expressivo assim. Estamos crescendo e temos muito mais o que crescer — afirma o vice-presidente de eventos da ABCCC, Mario Moglia Suñé.
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