Mesmo assim, a FAO alerta que há riscos se os países não aplicarem políticas de investimentos de longo prazo adequados à agricultura. Segundo Zhongjun, apenas o aumento da produção total de grãos não pode garantir a estabilidade dos preços dos alimentos. É necessário que haja um equilíbrio no mercado global e uma política bem coordenada entre os países.
A autoridade também defende políticas como o estabelecimento de limites nas importações e no uso de grãos para fins não alimentares, como o milho destinado à produção de etanol nos Estados Unidos.
No longo prazo, o representante da FAO avalia que é necessário aumentar investimentos na agricultura para garantir uma oferta confortável de alimentos.
– Prevê-se que a população mundial cresça para mais de nove bilhões de pessoas em 2050. Nós temos terra e água suficientes para alimentar a população enquanto houver investimentos suficientes para desenvolver a agricultura, especialmente em áreas pobres da África e da América Latina – comenta Zhang.
Segundo ele, a maior contribuição que a China faria para o mundo seria conseguir alimentar sua própria população sem precisar importar grandes quantidades de alimentos num momento em que os preços globais já estão em alta.