Os problemas que afetam o segmento foram destaque durante a abertura do evento, que reúne nesta semana especialistas, produtores e empresários no interior paulista. Sertãozinho, na região norte do Estado, possui pouco mais de 100 mil habitantes e é considerado o polo mundial de tecnologia paro setor da cana-de-açúcar, com grandes usinas e indústrias de equipamentos instaladas no município.
Durante a conferência, Plínio Nastari, um dos consultores mais respeitados no setor, alertou para a necessidade de se produzir mais para atender a demanda mundial. Segundo ele, o consumo de açúcar, por exemplo, cresce 2,3% ao ano no mundo, enquanto que o crescimento da produção não passa de 1,9%. Nastari foi otimista em relação ao etanol e disse que, até 2020, a demanda de consumo pode chegar a 172 bilhões de litros.
As condições devem favorecer o Brasil, que é o país com maior potencial para ofertar esses produtos. No entanto, o clima é um fator preocupante. As chuvas no início da colheita deste ano atrapalharam a safra, que está atrasada, e comprometeu também a qualidade da cana, que tem apresentado menor teor de açúcar. Segundo os especialistas, além do fator climático, a falta de investimentos no setor é o maior empecilho para a atividade.
A previsão da Datagro Consultoria para a produção atual é de 563 milhões de toneladas, com ou sem crise no mercado.