As altas nos preços dos grãos ainda refletem a quebra de safras no sul brasileiro (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), devido à estiagem. No Paraná a maior quebra foi do feijão, que terá produção 38,6% menor que a esperada, para o milho, a redução chega a 31,5%, na soja a seca deverá resultar em perdas de 17%.
Os produtos que apresentaram maiores quedas de preços na primeira quadrissemana de fevereiro foram banana nanica (23,91%), tomate para mesa (18,02%) e carne suína (10,74%).
No caso da banana, a variação negativa no período reflete a grande oferta de
frutas concorrentes nessa época do ano associada às férias escolares, o que reduz a demanda. Os preços do tomate continuaram em queda porque ocorreu um ajuste de mercado depois da grande alta verificada no mês de dezembro.
A queda de preços da carne suína é influenciada pela retração do consumo, em relação ao período de festas do final do ano, comportamento típico nesta época. O encerramento de contratos de exportações sem que se tenham boas perspectivas de renovação também podem estar contribuindo para redução das cotações. A expectativa é de retração das exportações e de redirecionamento da oferta ao mercado interno.
Nesta quadrissemana, os índices quadrissemanais de preços mantiveram a tendência de crescimento verificada no período anterior, sendo que o IqPR cresceu um ponto percentual, o IqPR-V aumentou 0,9 ponto e o IqPR-A (que passou a ser positivo), 1,3 ponto percentual. Isso demonstra uma continuação da recuperação nos preços pagos aos produtores.
No período analisado, 13 produtos apresentaram alta de preços (10 de origem vegetal e três de origem animal) e seis apresentaram queda (três de origem vegetal e três produtos de origem animal).