O estudo está em andamento, e os primeiros resultados deverão ser conhecidos em novembro deste ano. O grupo responsável pelo trabalho, alinhado à Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, quer, a partir do detalhamento, sugerir medidas de controle, de recuperação e de intervenção física para reverter o cenário atualmente considerado preocupante.
A partir do levantamento será elaborada uma proposta de programa regional para o Mercosul. Ao todo, estão sendo analisados cerca de 3,8 milhões de quilômetros quadrados de terra na região para determinar quatro zonas consideradas críticas ou de alto grau de degradação.
De acordo com o coordenador do Iica, responsável pelo estudo, Gertjan Beekman, o objetivo é, além de identificar de maneira detalhada como se dá o problema, produzir um guia ou manual metodológico para replicar as experiências e soluções propostas a outras regiões que sofrem com processos semelhantes.
– O estudo já está sendo feito e esperamos que sirva como exemplo internacional de mapeamento e proposição de ações de intervenção. Esse é um problema mundial que deve ser tratado com políticas específicas. Cerca de 40% da superfície do planeta estão suscetíveis à desertificação e abrigam aproximadamente 15% da população mundial – afirmou, ao acrescentar que o trabalho, financiado pela União Europeia, está sendo desenvolvido em conjunto com especialistas do Iica nos quatro países, além de atores da sociedade civil organizada e de acadêmicos.
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação define o processo como “a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas”.