Durante os nove dias da Expointer, foram monitorados todos os atendimentos clínicos relacionados ao evento com objetivo de detectar emergências de importância em saúde pública e estabelecer um perfil de atendimentos ocorridos em eventos de massa. Até o meio-dia de domingo, foram registrados 501 atendimentos nas unidades de referências ao evento (dois postos de atendimento no parque, 24 horas e 12 horas, Samu, hospital São Camilo de Esteio e Pronto Socorro de Canoas).
Entre os motivos dos atendimentos, os mais comuns foram traumas (11,6%) e crises hipertensivas (10,2%), enquanto 24 indivíduos necessitaram remoção para atendimento hospitalar, devido a problemas como cólica renal, crise convulsiva e suspeita de fratura. Cerca de um terço das notificações envolveram pessoas que trabalharam no evento.
Por parte da vigilância sanitária, foram realizados ao longo da feira ações de fiscalização em 288 estabelecimentos da área de alimentação, drogarias, ambulatórios entre outros, além de observações relativas à saúde do trabalhador e vigilância ambiental. Dessas ações, apenas em 8,82% dos casos foram identificados situações de risco sanitário.
Entre esses, os mais comuns foram problemas no controle de conservação de tempo e temperatura dos alimentos (18%), de abastecimento de água potável (13%), de matérias-primas e ingredientes sem procedência comprovada (13%) e problemas no cozimento dos alimentos de forma a garantir a segurança para consumo (11%). Além disso, foram coletadas amostras de alimentos para o programa estadual de monitoramento da qualidade sanitária de alimentos no pavilhão da Agroindústria Familiar, que foram encaminhados para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS).