A iniciativa é decorrente do acordo assinado entre a Embrapa e o Real Ministério de Agricultura e Alimentação da Noruega, em 2008, e as sementes a serem enviadas compõem as coleções de arroz e milho de três unidades de pesquisa da Embrapa: Arroz e Feijão (GO), Milho e Sorgo (MG), e Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marília Burle, que está coordenando a ação, serão enviadas ao banco genético norueguês as coleções nucleares de arroz e milho. O termo coleção nuclear, ou core collection, é definido no meio científico como um grupo limitado de acessos derivados de uma coleção vegetal, escolhido para representar a variabilidade genética da coleção inteira. Tradicionalmente, as coleções nucleares são estabelecidas com tamanho em torno de 10% dos acessos de toda a coleção original e incluem aproximadamente 70% no acervo genético.
A seleção de genótipos para a obtenção de uma coleção nuclear utiliza estratégias que envolvem diversas intensidades e métodos de amostragem.
– São coleções pequenas, mas estratégicas. Apesar do número reduzido de acessos, representam grande parte da variabilidade genética das espécies vegetais e normalmente não contém duplicatas – explica Burle.
No caso do milho, por exemplo, o banco genético da Embrapa Milho e Sorgo contam com cerca de quatro mil acessos e a coleção nuclear a ser enviada a Svalbard contém 264 acessos, ou seja, aproximadamente 7%. Já em relação ao arroz, essa porcentagem é ainda menor, visto que dos aproximadamente 10 mil acessos que fazem parte do banco da Embrapa Arroz e Feijão, estão sendo encaminhados 541 acessos, o que corresponde a 5%.