Árvores que antes serviam como sombra para o gado agora estão tombadas no chão. A licença ambiental foi tirada às pressas para dar tempo de começar os preparativos para a próxima safra.
Pecuarista há vários anos e dono de uma propriedade de 460 hectares, Manoel Francisco de Santana está aos poucos mudando de atividade. A produção de leite na fazenda, que hoje é de 400 litros por dia, vai ser reduzida pela metade. O gado de corte também vai diminuir.
O irmão de Santana seguiu o mesmo caminho por causa do bom preço da soja e dos altos custos da produção do leite. Palestino Ferreira já planta eucalipto e, agora, pela primeira vez, vai arrendar terras para o plantio de soja. Dos 1.064 hectares da fazenda, ele arrendou 350 para um agricultor da região.
Mesmo neste sistema, Ferreira beneficia-se com o preço da soja. O pagamento será feito em sacas do grão: sete sacas por hectare no primeiro ano e 10 sacas nos anos seguintes. O negócio que tem atraído cada vez mais pecuaristas, por causa da alta das cotações do grão.