O apoio das Forças Armadas foi solicitado no início deste mês pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), ao ministro da Defesa, Celso Amorim, para contornar as dificuldades encontradas pela Conab na contratação de caminhões para remoção de 400 mil toneladas de milho depositadas no Centro-Oeste.
A Conab, que havia enviado dados sobre volumes e rotas para o Exército, estava aguardando uma posição sobre a possibilidade de atendimento da demanda. Além da questão da falta de caminhões apropriados do Exército para carregar grãos, outra questão que dificultava as operações era a necessidade de ensacamento do cereal, que normalmente é transportado a granel.
A nova Lei dos Caminhoneiros, que onerou os custos, e a forte de demanda por transporte para escoamento do milho com destino à exportação elevaram os preços do frete e reduziram o interesse das empresas pelos leilões promovidos pela Conab para cumprir os compromissos de remoção do milho. Após várias tentativas frustradas, na sexta, dia 14, a Conab conseguiu contratar transporte para remoção de 105 mil toneladas de milho.