Nova onda de oferta pública de ações pode vir de empresas agropecuárias, diz ex-ministro da Fazenda

Segundo Mailson da Nóbrega, essas companhias só não são mais eficientes por conta dos gargalosO ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria Integrada, Mailson da Nóbrega, afirmou nesta terça, dia 18, que uma nova onda de oferta pública de ações (IPOs) poderá vir de empresas do setor agropecuário, ou seja, de grandes companhias produtoras de commodities, como soja, milho, algodão e pecuária.

— São empresas do setor rural com áreas de 100 mil hectares em regiões como Mato Grosso, Oeste da Bahia que adquiriram portes para o lançamento de suas ações — disse.

Segundo o ministro, essas empresas agrícolas e pecuárias operam com “grande sofisticação de gestão, usam a mais avançada tecnologia de transporte” e só não são mais eficientes por conta dos gargalos.

— Passada a porteira da fazenda, o ambiente é hostil, o sistema tributário e caótico, a infraestrutura é deficiente e a legislação trabalhista é anacrônica. Isso reduz a competitividade — avaliou.

Mesmo assim, para o sócio da Tendências, “algumas empresas já poderiam ter ido à Bolsa, estão com o dedo do gatilho para aparecer e só dependem da abertura da janela”, concluiu. Até o momento, as duas empresas do setor agropecuário com ações negociadas no país são a SLC Agrícola e a Vanguarda, esta última nascida do antiga Brasil Ecodiesel.