Seca nos Estados Unidos favorecerá lucratividade dos produtores brasileiros, diz Ministério

Alta dos preços no mercado internacional traz vantagens para negócios futuros envolvendo milho e sojaA seca que atinge as lavouras dos Estados Unidos e pode resultar numa perda de 30% no milho e de 20% na soja - num total de mais de 100 milhões de toneladas - poderá beneficiar os produtores brasileiros. A avaliação é do assessor da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sávio Pereira, que visitou o país entre os dias 10 e 14 de setembro para avaliar os efeitos da estiagem no Meio-Oeste e obter informações sobre a nova lei agrícola no

Segundo o assessor da SPA, aparentemente os preços atingiram os seus patamares máximos – US$ 17/bushel para a soja e US$ 8/bushel para o milho -, o que está favorecendo os produtores de milho e soja brasileiros na realização de negócios futuros. O prejuízo na produção de carne suína é o maior da história.

A lei agrícola não deve ser votada antes das eleições. De acordo com ele, há uma dúvida se a atual será prorrogada por seis meses ou se seria votada no final do ano entre novembro e dezembro. Pereira constatou que a política de preços mínimos tende a acabar naturalmente nos EUA (conhecida como loan rate) já que os atuais níveis de preços são irrelevantes e não pressionam os gastos.

— O grande gasto americano realmente é com o seguro agrícola. O chamado seguro de receita existe, mas o subsídio ao prêmio foca a perda física. Existem varias combinações de preços e perdas físicas nas apólices. Precisamos estudar melhor o assunto no Brasil — ressalta.