Das vítimas, 17 apresentaram boa evolução clínica e foram liberadas durante o fim de semana e esta segunda. Apenas duas crianças permanecem internadas. Uma delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Anjo, de Itajaí.
Enquanto isso, vigilâncias sanitárias de 293 cidades catarinenses seguem recolhendo todos os litros de leite e derivados da marca Holandês dos supermercados do Estado supostamente contaminados pelo conservante nitrito.
O diretor técnico da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), João Marques, informa que o laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que está analisando as amostras do leite, deve encerrar os testes de coleta nesta terça-feira. Se os resultados forem negativos, a empresa será desinterditada na quarta, dia 26. Ele alerta aos consumidores para que verifiquem com atenção a data de fabricação do leite que será consumido.
— O período que não pode haver o consumo é de 18 a 22 setembro. Antes ou depois desta data não há risco de contaminação — explica.
De acordo com o médico-veterinário da empresa Holandês, Luiz Carlos Simas Custódio, a suspeita é que houve mesmo um problema de resíduo no processo de limpeza de uma das tubulações da pasteurização do leite. A falha, segundo ele, não foi humana.
— Acreditamos que foi um problema em uma das válvulas do equipamento que deveria impedir a passagem de líquidos para o tanque de pasteurização — diz ele que considera o caso como uma fatalidade, já que, a empresa tem 30 anos e nesse período nunca houve problema semelhante.
Atenção ao sintomas
A intoxicação por nitrito é considerada grave e pode levar à morte se não for tratada a tempo. Entre os principais sintomas estão arroxeamento da região em volta dos lábios e falta de ar. A substância induz à oxidação do ferro presente na hemoglobina, um dos componentes do sangue, impedindo o transporte de oxigênio.