Entre os experimentos, especialistas revelam as novidades nas áreas de irrigação, poda e adubação. Além disso, fazem projeções sobre a queda na produção da próxima safra de café.
As lideranças do setor comemoram os bons resultados das mudanças nos conceitos de gerenciar as propriedades cafeeiras através da certificação. Para a Organização Internacional do Café (OIC), certificar lavouras e produto é sinônimo de preservação ambiental e aumento na qualidade do café e na produtividade.
– Há 10 ou 15 anos, no Brasil, não se falava em qualidade. Hoje o mundo reclama qualidade. Hoje, em qualquer shopping, você vê quatro cafeterias – comenta o presidente da ACA, Nivaldo Souza Ribeiro.
O grande desafio na próxima década é reduzir ao máximo a oferta de grãos de baixa qualidade, para aumentar o consumo internacional da bebida. Para o agrônomo e pesquisador da fundação Procafé, Roberto Santinato, em primeiro lugar, falta assistência técnica.
De acordo com Santinato, o Brasil tem 270 mil propriedades que produzem café. Deste total, 75% tem até 12 hectares e responde por 23% da produção brasileira. O pesquisador acredita que é difícil estimular o produtor familiar a investir em café de qualidade em regiões distantes dos centros de comercialização.
– Quem que vai garantir o preço que ele vai ganhar mais por este café? – questiona.