A produtividade das lavouras de Minas Gerais deverá ter um pequeno crescimento de 0,6 % em relação ao ano passado. Já os cálculos da média nacional demonstram uma queda de 7,4%.
? Apesar de redução do uso de fertilizantes nesta safra, por causa dos altos custos, tivemos um clima favorável nas principais regiões produtoras do Estado ? explica o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues.
Segundo ele, o excesso de chuva em dezembro e janeiro registrado em Minas Gerais pouco afetou as lavouras de grãos.
? As maiores perdas foram nas plantações de hortaliças ? esclarece o secretário.
Ele informa que a boa produtividade mineira será responsável pela estabilidade da produção do Estado em relação ao ano passado. Minas deve produzir 10,2 milhões de toneladas de grãos este ano. Uma queda de apenas 0,4% em relação a 2008
Ao contrário do que ocorreu em Minas Gerais, os Estados da região sul do país foram castigados pela estiagem, prejudicando principalmente as lavouras de milho e soja. No Paraná, principal produtor nacional de grãos, é esperada uma queda de 17,7 % no rendimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a redução deverá ser de 3,1%. Já em Santa Catarina, onde houve excesso de chuva no leste e estiagem na região oeste do Estado, a redução na produtividade deverá ser de 6,8%. Mesmo assim, as lavouras catarinenses deverão apresentar o maior rendimento do país, com 4,1 mil quilos por hectare.
Para Gilman Viana, a estiagem no Sul e também na Argentina poderá refletir no preço dos grãos na época de comercialização.
? O rendimento reduzido nestas áreas de grande produção poderá evitar uma queda dos preços e amenizar os efeitos da crise mundial para o produtor.
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o preço a saca se manteve estável na primeira quinzena de fevereiro, ficando em torno de R$ 46. Já o preço da saca do milho, em torno de R$ 20, apresentou um crescimento de aproximadamente 2% na comparação com o início de janeiro.